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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Enfim desvendado mistério das enormes marcas geométricas no chão amazônico


Grandes figuras geométricas feitas no chão no sudoeste da Amazônia por muito tempo intrigaram cientistas e moradores. Um novo estudo finalmente desvendou o mistério: as marcas eram usadas para rituais de comunicação espiritual há muito tempo atrás.
A pesquisa feito por pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Helsinque, na Finlândia, mostrou que os geoglifos – estes registros em padrões geométricos, como quadrados, círculos, eclipses e formato U – deixados por povos antigos eram espaços em que determinados membros das comunidades se comunicavam com seres espirituais da natureza, animais, ancestrais e corpos celestes.
As marcas no chão sempre foram cercadas de mistério: algumas teorias atribuíam os desenhos a extraterrestres e a assentamentos antigos ou construções defensivas de alguma civilização. Com este estudo, surge uma nova explicação.

Marcas no chão encontradas no Acre: o que são?

estudo publicado no jornal American Anthropologist aponta que os desenhos eram feitos por tribos indígenas entre 3 mil a.C. e 1 mil d.C. e faziam parte da comunicação entre humanos vivos e entidades invisíveis.

As formas geométricas eram uma espécie de “portal” ou um “caminho” místico, acessado apenas por alguns membros da comunidade, como explicam as autoras do estudo, Pirjo Kristiina Virtanen, professora assistente de Estudos Indígenas da Universidade de Helsinque e Sanna Saunaluoma, pesquisadora pós-doutorada da USP.
“Os locais de terraplanagem geométrica foram especialmente utilizados pelos especialistas dessa época, que se especializaram na interação com os seres não-humanos”, diz o estudo.
“Assim, as pessoas lembravam constantemente que a vida humana estava entrelaçada com o meio ambiente e as gerações anteriores”.

Lugares sagrados

A teoria de que esses desenhos significavam lugares sagrados para os povos antigos ganhou mais força pelo fato de os povos indígenas contemporâneos do Acre ainda protegerem as marcações como lugares sagrados. “Ao contrário de outros residentes na área, evitam usar os locais para atividades mundanas, como habitação ou agricultura”, destaca a pesquisa.

Formas geométricas: de onde vêm


Chama a atenção o fato de as formas serem muito bem desenhadas e simétricas. Segundo matéria da Revista Fapesp sobre “A cultura dos geoglifos”, a área interna de cada um deles vai de 1 a 3 hectares, com o desenho em baixo-relevo de 35 cm a 5 metros de profundidade.

Para as pesquisadoras, as formas geométricas na arte indígena têm um significado muito importante: elas atraem qualidades e habilidades desejadas pelas tribos, como fertilidade, resistência, conhecimento e poder.
Além disso, foi identificado que os desenhos eram inspirados nos modelos das peles dos animais. Tal referência ainda se vê, atualmente, na cerâmica, tecidos, joias e artes modernas feitas por tribos indígenas do local.







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