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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

"Carta do Satã" do século 17 foi decifrada com ajuda da Deep web


Na época em que foi escrita, a carta foi considerada o resultado da luta da freira contra "inúmeros espíritos malignos"





"CARTA DO SATÃ", ESCRITA POR UMA FREIRA "POSSUÍDA" NO SÉCULO 17 (FOTO: DANIELE ABATE)


Uma carta escrita no século 17 por uma freira "possuída" foi decifrada graças à Deep web. O documento, conhecido como "Carta do Satã", tem apenas 14 linhas de conteúdo que estava escrito com símbolos arcaicos, o que dificultava seu entendimento. Segundo os pesquisadores, a mensagem — de fato diabólica — descreve Deus, Jesus e o Espírito Santo como "pesos mortos".

Os cientistas do Museu de Ciências de Ludum, na Sicília, usaram um software de inteligência artificial para conseguir decifrar o código, além de terem estudado a vida da religiosa. "Ao trabalhar no decodificação histórica, você não pode ignorar o perfil psicológico do escritor. Precisamos saber o máximo possível sobre esta freira", disse o diretor de Ludum, Daniele Abate, em entrevista à Live Science.


Foi descoberto que o nome da freira era Maria Crocifissa della Concezione, que entrou aos 15 anos no convento Benedictine e aos 31 foi encontrada no chão de sua cela com o rosto coberto de tinta, segurando uma nota escrita em uma mistura incompreensível de símbolos e letras. Segundo os registros, a própria irmã acreditava que a carta de agosto de 1676 havia sido escrita pelo demônio.

Os especialistas contam que apesar de parecer estar abreviada, a carta estava escrita com uma mistura de grego, latim, runico e árabe antigos. "Analisamos como as sílabas e os grafismos repetem na carta para localizar vogais, e acabamos com um algoritmo de descodificação refinado ", disse Abate. "Nós pensávamos que terminaríamos com poucas palavras fazendo sentido. Mas a freira tinha um bom domínio das línguas, a mensagem estava mais completa do que o esperado."

A carta ainda meciona Styx, que na mitologia greco-romana é o rio que separa o submundo do mundo dos vivos. Daniele Abate aponta que esse e outros fatos podem ser indícios de que a irmã sofria com esquizofrenia ou bipolaridade, já que "a imagem de Satanás está frequentemente presente nesses transtornos".

Para a igreja daquela época, a carta foi considerada o resultado da luta da freira contra "inúmeros espíritos malignos", segundo um relato escrito pela abadessa Maria Serafica.





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